por Hugo Bispo, da equipe do Diario de Pernambuco
Sendo chegado ou não à malhação, você já deve ter percebido: houve uma proliferação de academias de musculação e ginástica no Recife nos últimos anos. Impulsionado pelo aumento da renda e do consumo da população, o mercado de fitness cresceu, modernizou-se e, principalmente, apostou na diversificação. Hoje, só não malha quem não quer. Há opções para todos os gostos - e bolsos. E, como resultado da concorrência, os preços caíram.
Uma das academias que reduziram as mensalidades para manter a competitividade foi a HI, que já está há oito anos no mercado. Com filiais espalhadas em bairros nobres da cidade, como Boa Viagem e Espinheiro, a marca passou a optar por preços mais baixos do que os praticados originalmente. “O mercado recifense está em franca ascensão e com isso, a rede está se adaptando a esse novo modelo, pois concorrências estão chegando e oferecendo serviços de qualidade como o nosso e com valores abaixo dos praticados na cidade”, explica o gerente técnico da HI, Ricardo Menezes.
De olho no novo mercado emergente, puxado sobretudo pela classe C, o grupo está investindo também em academias com valores mais baixos que os atuais. “Hoje são três unidades no Grande Recife. O objetivo é dobrar até o fim deste ano”, afirma Menezes.
Outra rede que está investindo pesado em academias voltadas para a nova classe média é a franquia nacional Smart Fit. Apesar de ocupar uma área de grande porte nas dependências do Carrefour, na Torre, e investir em máquinas topo de linha, há mensalidades de até R$ 49,90. O valor fica um pouco mais alto quando se acrescentam os custos com taxa de adesão e anuidade.
O mercado voltado para a classe A, por sua vez, parece não ter sido muito afetado pelo aumento do número de academias. Por tratar de um público com demandas bastante específicas, esse setor não sofreu tanto com a concorrência. “Realmente há uma academia em cada esquina. Mas mantivemos o preço, reajustando apenas de acordo com a inflação”, diz Rodrigo Longman, dono da academia R2. “Oferecer uma estrutura de qualidade, boa localização e renovação constante são suficientes para manter o público.”
Outro investimento de peso voltado para a classe A foi o lançamento, no fim do ano passado, da academia Supère, em Boa Viagem. Mais de R$ 2 milhões foram gastos em projeto, infraestrutura e compra de equipamentos. O empreendimento, segundo o empresário Wilson Miranda, é inédito no país porque integra, além de espaço para ginástica, ambientes para arte terapia e bistrô. Iluminação e som ambiente são outros cuidados. “O ramo de academias no Recife é promissor e explorado de forma equivocada. O que buscamos fazer é a pessoa malhar por prazer, e não por obrigação”, diz Miranda. A mensalidade custa R$ 500.
Cuidados extras
Mesmo que o aumento exponencial de academias tenha facilitado o acesso aos exercício acessível, tome cuidado quanto ao local onde pretende malhar. É imprescindível que a academia tenha profissionais e equipamentos qualificados. Caso contrário, em vez de melhorar sua saúde, você vai prejudicá-la. E é aí que o barato sai caro. O professor de educação física da Universidade Federal de Pernambuco Eronivaldo Pimentel explica que a boa localização da academia costuma ser um bom indício de sua qualidade. “Em geral, as academias mais caras são as mais difíceis de apresentarem problemas.”

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