Pacientes cardíacos devem fazer exames regulares com um médico de confiança para descartar o risco de depressão, distúrbio comum em pessoas que já enfartaram e que aumenta ainda mais as chances de outros problemas no coração.
A recomendação foi feita esta segunda-feira pela Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês).
Segundo pesquisadores da AHA, quem sofreu um enfarto tem uma grande possibilidade de manifestar sintomas depressivos nos meses seguintes ao incidente. A depressão, por sua vez, aumentaria o risco de novos problemas cardiovasculares.
O mais recente estudo feito por médicos da associação mostra que, após um infarto, o risco de desenvolver depressão triplica. A cardiologista Judith Lichtman, da Escola de Medicina da Universidade de Yale e uma das autoras da nova recomendação, acredita que o acompanhamento da saúde física e mental dos pacientes cardíacos é indispensável para evitar novas complicações.
" Após um infarto, o risco de desenvolver depressão triplica "
A médica afirma que, embora a ciência ainda não saiba explicar a relação das doenças cardíacas com a depressão, sem dúvida um cuidado maior com estes pacientes deve ser tomado.
- Como não há a obrigação de fazer exames regulares após um infarto, acredito que esta nova recomendação vai beneficiar a saúde de muitos pacientes - avalia a cardiologista.
Ela cita o caso de Barbara Forman, paciente que teve uma crise depressiva logo após colocar um marcapasso.
- Não sabia o que aconteceria comigo após a cirurgia, tinha a idéia de que ficaria inválida para o resto da vida - diz Bárbara, que hoje participa de um grupo de apoio para cardíacos no hospital onde foi operada.
Procurar o apoio adequado é fundamental, enfatiza Lichtman. Estudos mostram que pacientes cardíacos costumam abandonar a medicação com mais freqüência do que pacientes de outras doenças crônicas e que são poucos os que adotam uma rotina de exercícios ou fazem mudanças significativas na alimentação.
A depressão também muda o ritmo das funções corporais, lembra a médica, alterando a velocidade dos batimentos cardíacos e influenciando o aparecimento de coágulos.
A AHA recomenda que os exames que avaliam a saúde mental do paciente sejam feitos logo que ele recebe alta do hospital e periodicamente nos anos seguintes ao incidente. Além de prestar atenção nos sinais de depressão, os médicos devem ficar atentos também a transtornos ansiosos, que também prejudicam a saúde cardíaca.
Fonte: O GLOBO – RJ
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